A mudança no regime de pensionistas, na avaliação do ministro, pode ter mais apoio da sociedade, mas deverá enfrentar resistência no Congresso. “As pessoas não têm ideia de que financeiramente as pensões representam muito. A viúva, se casa novamente, usufrui; se os filhos se tornam autônomos, têm sua independência, ela usufrui. Eu sei que teria o apoio da opinião pública, mas num ano eleitoral não seria assimilado.”
Dados do ministério indicam que em 2012 foram gastos R$ 77,6 bilhões com pensões. “Era necessário uma mudança imediatamente.” Sobre outra discussão, o fim do fator previdenciário (cálculo para a aposentadoria que leva em conta idade, tempo de contribuição e expectativa de sobrevida do segurado), nem mesmo o governo tem uma posição clara.
“Não é possível acabar com o fator previdenciário pura e simplesmente. Tem de haver uma concertação e acho complicado para 2014”, afirmou o ministro, usando um termo difundido pelos petistas.
Na campanha de 2010, a presidente Dilma Rousseff afirmou, em entrevista à rádio CBN, que era contrária a uma ampla reforma previdenciária. Dilma defendeu, contudo, ajustes que permitam capitalizar o sistema para assegurar as aposentadorias. Garibaldi alega que não faltou coragem para fazer esses ajustes, “o que houve foi falta de oportunidade”.
Fonte: Blog da Previdência Já